quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ídolos do blog - Al Unser Jr.




Experimente pegar uma corrida antiga da Indy (tem várias no Youtube), especialmente da década de 90. Antes da largada veja a classificação e constate que Al Unser Jr, provavelmente, terá feito o 18º ou 19º tempo.

Pois eu aposto o dinheiro que for que, em 10 voltas ele estará entre os 10 primeiros. Mais alguns giros, talvez 15 ou 20, o Little Al já passará entre os cinco. E muito provavelmente, após a primeira rodada de pit-stops, estará pressionando os líderes. Na bandeirada, se não vencer a prova, vai estar no pódio.

Quem é fã da Indy desta época, uma era de ouro do automobilismo, se acostumou ao estilo deste bi-campeão da categoria, correndo pela Penske e pela Galles. Venceu duas vezes as 500 milhas, uma em 92, chegando poucos centímetros à frente de Scott Goodyear, numa disputa memorável. A outra em 94, herdando a vitória depois que Emerson Fittipaldi estampou o muro, a 20 voltas do fim.

Sobre essa aliás, tenho uma convicção, que pode ser de fã, mas não abro mão. Emerson liderava com tanta folga que chegou para dar uma volta sobre Al Unser, na parte final. O americano, então, acelerou e não deixou o adversário passar, ficando a frente dele por algumas voltas. E, numa dessas, Emerson acabou perdendo o controle e batendo. Para mim, Al Unser fez de propósito, andando a frente de Emerson de modo a jogá-lo na turbulência de seu carro, já que a prova estava perdida. Mas nunca vamos saber a verdade.

Al Unser Jr. largou as pistas em 2007, lutando contra o alcoolismo. Várias lendas correm em torno dos problemas do piloto com as bebidas. Jornalistas que cobriram o GP do Brasil, em 96, dizem ter visto o piloto enxugando uma bela garrafa de Jack Daniel’s durante os treinos, debaixo do sol de 40 graus do Rio de Janeiro. Lendário.

Mas pouco importa. Enquanto conseguiu pilotar em alto nível, Al Unser protagonizou diversos duelos incríveis na pista, demonstrando regularidade e agressividade na medida. Para mim, o melhor piloto de Fórmula Indy da história e, sem dúvida, um dos melhores do automobilismo.



Senna




Não há muito o que se falar de Bruno Senna. Ele tentou um lugar ao sol na Fórmula 1 e não conseguiu, por um motivo muito simples: nas duas temporadas e meia que disputou, não conseguiu nenhum destaque especial. A temporada de 2010, na HRT, não conta, porque o carro era muito ruim. Em 2011, fez algumas provas pela Lotus e seu único destaque foi no treino para o GP da Bélgica. Em 2012 arrumou um lugarzinho na Williams por conta da grana que levou. Era sua primeira temporada completa.

Não cometeu erros graves, mas também não fez nada de especial. Mal comparando, foi mais regular que seu companheiro Pastor Maldonado. Mas Pastor venceu uma corrida e foi várias vezes ao Q3 nas classificações. Bruno Senna esteve péssimo nos treinos e em várias oportunidades precisou fazer corridas de recuperação. Com isso marcou pontinhos aqui e ali, e nada mais.

Já digo isso a um tempão e repito: o que falta a esses pilotos brasileiros é fazer uma corrida daquelas de ficar na memória. Bruno não fez nenhuma. Aí, no final do ano, ficou dependendo de novo da grana para arrumar um lugar. Depois de quase três temporadas o piloto tem que deixar de ser pagante para ser desejado pelas equipes. Se não conseguir isso, fica sempre pendurado.

Aos 29 anos, dificilmente volta à F1, ainda mais porque foi se enveredar pelo WEC (Mundial de Endurance), que não tem nada a ver com monopostos. É um campeonato fantástico e que certamente lhe proporcionará muitas alegrias. Que volte a vencer corridas e recoloque sua carreira no rumo.

Razia




Muita gente anda torcendo o nariz para o fato de Luiz Razia ter ido para a Fórmula 1 correr na Marússia. De fato, não é algo muito promissor, mas é o jeito de se entrar na F1 hoje em dia. E quem pode condenar um piloto novato por querer ter essa experiência? Uma coisa é um De La Rosa da vida aceitar se arrastar na HRT. Outra coisa é uma jovem promessa, não vinculada a nenhum programa de jovens talentos, tentar a sorte.

É evidente que não se deve esperar nada de Razia. No máximo, que ande na frente do inglês Max Chilton, seu companheiro de equipe. Dificilmente ele terá condições de mostrar alguma coisa na Marussia, mas estar no circo é importante. De repente, numa conversa dessas, arruma uma vaga de piloto de testes numa equipe média para 2014 e, dando sorte, pode vir a ser titular em 2015. É mais ou menos o caminho que Bruno Senna percorreu, quando saiu da HRT para ser reserva na Lotus. O acidente de Kubica abriu-lhe as portas
para titularidade. Resumindo: é importante estar lá.

Sorte ao brasileiro e que ele aproveite ao máximo essa chance.

De volta




Depois de uma longa e necessária pausa, estamos de volta com a nossa programação normal, se é que existe uma.

Neste tempo que fiquei sem escrever algumas coisas aconteceram na Fórmula 1: saiu Senna entrou Razia, as equipes apresentaram seus carros (menos a Williams), os primeiros testes começaram. É, não foi muita coisa no fim das contas.

Aos poucos, vamos falando sobre tudo isso. Acompanhem!